ADR Os Caminhos de Jacinto

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A Associação de Desenvolvimento Regional “Os Caminhos de Jacinto”
O Projeto “Os caminhos de Jacinto”, pretende constituir uma base unificadora das potencialidades comuns e complementares do património de cada um destes três concelhos, numa estratégia de eficiência coletiva ancorando outros projetos e iniciativas, em rede, gerando desenvolvimento económico, social e cultural para o que o território tem de melhor: as suas gentes.
A ADR “Os Caminhos de Jacinto” localizada no lugar de Aregos, freguesia de Santa Cruz do Douro, concelho de Baião é uma organização sem fins lucrativos que visa essencialmente a promoção e a divulgação do território denominado por “Douro Verde” do qual fazem parte os municípios de Baião, Cinfães e Resende.
Esta Instituição tem a sua sede na Estação de Aregos/Tormes, estação carregada de história sobretudo pelo facto de Eça de Queiroz proveniente de Paris se ter apiado nesta estação em 1892, “… a pequenina estação de Tormes termo ditoso das nossas provações.
A sineta repicou…E com um belo fumo claro de o comboio desapareceu por trás das fragas altas. (Eça de Queiroz, 1982).
Percurso Pelo Território
Para além das magníficas paisagens milenares que descem do Montemuro – enriquecido com os vários conjuntos megalíticos, testemunhos da ocupação por população durante a pré-história, e curiosos afloramentos geológicos – ao Douro, onde se abrigam memórias, monumentos e sítios de natureza religiosa e secular, como o Templo de Cárquere [i], a Igreja de Barrô, a Igreja de S. Martinho de Mouros e a Capela e Termas de Aregos. Capital da cereja, cujo festival decorre em maio, Resende oferece muito mais, como as famosas e deliciosas cavacas, disponíveis todo o ano, mas também com a sua festa, a acontecer em abril. Transpondo o rio Cabrum, continuamos o périplo à sombra da memória e território de Egas Moniz, ao encontro de outro vulto da história portuguesa – personagem de grande relevância diplomática, científica e literária – Serpa Pinto. Desde o alto do Montemuro onde pastam, por entre a continuação dos monumentos megalíticos, os pachorrentos e pacíficos bovinos da Raça Arouquesa, deparamo-nos com uma paisagem deslumbrante e diversificada onde também não faltam manifestações da presença do homem a nível artístico, espelhadas nos ricos e valiosos monumentos como o Mosteiro da Tarouquela – monumento nacional classificado – as igrejas de S. João Baptista de Cinfães, S.
Cristóvão de Nogueira e a Igreja Matriz de Escamarão. Um território cruzado pelas vias romanas e medievais, com as suas aldeias típicas e com o seu artesanato.
O Museu Serpa Pinto convida a uma visita para melhor conhecer a região, onde se diz que também tinha ‘Paço’ Egas Moniz, e onde Afonso Henriques deu alguns dos primeiros passos. Não faltará certamente apetite para degustar uma suculenta Posta Arouquesa ou um apetitoso Arroz de Aba.
Na procura de espaços frescos e de lazer, o Vale e o rio Bestança brinda-nos com uma fauna e flora ímpar e atravessamos, novamente, sobre o Douro, a ponte de Porto Antigo e de Mosteirô para Porto Manso, entrando em Baião.
Sempre acompanhados pelas paisagens milenares, que se entrelaçam e sobrepõem, na unidade destas duas margens, também aqui os monumentos megalíticos da Aboboreira – principal contraforte do Marão – transportam-nos aos primórdios da presença humana nesta paisagem imortalizada por Eça de Queirós, António Mota e outros escritores.
Muito antes da visita do autor de ‘A Cidade e as Serras’, hoje perpetuada pela Fundação com seu nome e por aquele romance, os castros, caminhos romanos e medievais, igrejas, mosteiros como Ancede e casas senhoriais, foram deixando a sua marca patrimonial.
Toda esta longa herança, aliada ao engenho dos herdeiros de tantas memórias, traduziu-se em peças de artesanato tão únicas e genuínas como as Bengalas de Gestaçô, as Cestas de Giesta de Piorna de Frende e os mosaicos romanos, bem como os sabores irresistíveis do Anho Assado com Arroz do Forno, acompanhado pelo vinho ou espumante da casta ‘Avesso’, sem esquecer o famoso Biscoito da Teixeira, presente nas romarias de norte a sul de Portugal.
É neste cenário fantástico que a ADR “Os Caminhos de Jacinto” desenvolve a sua atividade, sugerindo que consulte o nosso site www.oscaminhosdejacinto.pt e possa através do facebook emitir contributos, criticas, e outros aspetos que considere relevantes.

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