A. C. R.

logo ACR1

A Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro foi fundada em 1978 por um grupo de promotores preocupados em preencher o vazio existente na freguesia e nas envolventes no âmbito sócio-cultural e educativo.
A base da sua constituição formal residia na Comissão de moradores, criada sem estatuto jurídico, em 1976 e do Rancho Folclórico constituído também na mesma ocasião, mais tarde, federado da Federação do Folclore Português da qual é membro fundador.
Importa referir os nomes dos promotores desta Instituição, ate porque já lá vão 36 anos e alguns deles já não se contam entre os vivos: Artur Manuel da Silva Carvalho Borges, Adão Monteiro, Manuel Pinto (falecido), Francisco Manuel Gomes da Mota, António Cardoso Pereira de Melo, Nicolau Ribeiro, António Pereira, Ademar Rodrigues, Joaquim Dias Gomes Monteiro, Eduardo Teixeira (falecido), Leal Ribeiro, José Esteves, António Rodrigues do Rego Barreto, Francisco José Vaz de Sousa Machado (falecido), António Ricardo Pinto da Costa, Francisco Magalhães Coelho.
A Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro adquiriu, em 9 de Setembro de 1978 credibilidade jurídica com a celebração de escritura pública no Cartório Notarial de Baião.
Fica situada na União de Freguesias de Santa Cruz do Douro e Covelas, uma das dezasseis freguesias, reorganizadas em função da Lei n.º11-A/2013 de 28 de Janeiro, que constituem o extenso concelho de Baião.
Tem a sua sede na Estrada Nª Sª do Martírio, 667 do Martírio, na dita União de Freguesias de Santa Cruz do Douro e Covelas.
A escola primária de Porto Ferrado foi o local aonde se desenvolveram as primeiras reuniões e os primeiros ensaios do então grupo folclórico. Eram sessenta e oito os elementos que dele faziam parte. Não houve na ocasião a preocupação de lhe conferir autenticidade cultural, mas sim despertar os elementos para o associativismo, até ali inexistente em função do regime que vigorava antes do 25 de Abril. Hoje, o Rancho Folclórico, federado na Federação do Folclore Português em 1988, é um verdadeiro embaixador da cultura popular portuguesa interpretando convenientemente os usos, costumes e tradições, através dos seus trajes, danças e cantares.
Foi galardoado com a medalha de prata da cidade Chioleches – Guadalajara em Espanha pelo Alcaide daquela cidade em 1994.
Tem representado a Federação do Folclore Português em diversos festivais.
Idêntica iniciativa aconteceu com uma equipa de futebol de onze que treinava e jogava no Campo das Oliveiras ou do Moninho. Era um espaço constituído por duas “belgas”. Os militares do Regimento de Engenharia de Espinho deram um excelente contributo ao terraplanar, graciosamente, estas “belgas”, adquiridas pela Junta de Freguesia ainda antes do 25 de Abril com a finalidade de aí ser construída a sede da Junta de Freguesia, o que de resto veio a acontecer, bem como a construção do posto médico em 1987.
Em 1978 iniciaram-se as obras de construção do Campo de Futebol no Martírio. A Casa de Agrelos através da Senhora D. Maria Adelaide Cabral, já falecida, cedeu graciosamente a maior parte dos terrenos, o que sucedeu também com a Casa de Vila Nova, na pessoa da Senhora Dª Maria da Graça Salema de Castro, hoje Presidente da Fundação Eça de Queiroz. Os Senhores Nicolau Dias Monteiro e Manuel Cardoso da Silva, também se associaram a este movimento de construção do campo de futebol, cedendo os seus terrenos graciosamente. O Senhor Manuel da Barroca (já falecido) cedeu-os, também, mas este a título oneroso.
Foi o Instituto de Reorganização Agrícola do Ministério da Agricultura que ofereceu o equipamento para abertura do campo, trabalho este executado por uma potente máquina catterpiler, conduzida pelo manobrador Sr. Pinheiro do Alentejo. Era um homem de educação esmerada e sentido cívico apurado e de elevada competência técnica.
Após concluído este trabalho foi a vez da estrada das Corujeiras, fundamental para a acessibilidade ao campo de futebol e a sua ligação com a sede do concelho.
O Senhor Manuel Pinto, director desta Instituição e secretário da junta de freguesia de Santa Cruz do Douro, – já falecido – acompanhava diariamente estas obras. Vinha a pé de Eiras, aonde residia, todos os dias até ao Martírio!
Já em 1982 ainda nas suas instalações provisórias sito no lugar de Quintela, próximo de Arêgos, a Associação desenvolveu alguns dos cursos de formação profissional. Neste local, conhecido por “BATACLÔ baptismo proveniente dos utilizadores deste espaço que aí se divertiam nos tradicionais bailes, animados por uma aparelhagem da Instituição em que o Nicolau Ribeiro era o “Disc Jokey” e em momentos especiais contratavam-se alguns conjuntos: “Os Lírios”, e o “Pele e Osso” que faziam as delícias de todos quantos apreciavam o convívio e a animação.
O senhor Eduardo Teixeira (já falecido) era o responsável pela organização interna da casa, incluindo a limpeza geral e o apoio logístico.
Em 1983 abandonámos estas instalações uma vez que o proprietário, Senhor Artur da “Casa da Coelheira” necessitou delas para implementar um projecto na área dos enchidos. Transitamos para Cabo de Vila para a chamada “Casa da Alheiras” propriedade de Sra. Dª. Alba Seca Ribeiro da Silva (já falecida) aonde estivemos cerca de oito anos, funcionando aí como sede provisória.
Entretanto com a construção do Parque Desportivo da Associação, com 1,5ha de área, tornou-se num verdadeiro centro cívico, aonde se encontram instalados vários equipamentos nomeadamente: pólo escolar de Santa Cruz do douro (propriedade da Câmara Municipal de Baião); um Pavilhão Polivalente com 1.500 m2 de área coberta, salas de apoio a arrecadações, bancada e varanda; bem como o Museu Rural e Etnográfico “A Casa do Lavrador”. Este centro cívico conta ainda com o edifício da sede social contigua ao pavilhão polivalente, onde estão sediados os serviços administrativos, salas de formação e espaços de funcionamento dos órgãos sociais.
A Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro tem desenvolvido ao longo da sua vida um conjunto de actividades de natureza social cultural, desportiva; na formação profissional e no combate ao analfabetismo.
A nível cultural a constituição do Rancho Folclórico; a construção do Museu Rural e Etnográfico; as comemorações do aniversário da Revolução de Abril, como Homenagem ao associativismo livre; o Festival de Folclore – já vai na sua XXVII edição -; a Ceia da Lagarada – iniciativa de particular relevância da cultura popular -; a Feira de Desenvolvimento Rural; a participação através do Rancho Folclórico nas filmagens do romance “Os Maias” que a TV Globo desenvolveu em vários locais, nomeadamente em Baião, Resende, Régua, Mesão Frio e Monção; a participação em diversos certames de promoção do artesanato e da gastronomia nomeadamente em feiras tradicionais; a celebração do Natal como festa da família; o cantar das janeiras; a festa da aldeia; a comemoração do Dia da Criança são os momentos mais marcantes de intervenção desta Associação.
A área social mereceu também uma atenção muito especial. Basta dizer que foi a Associação que, para além de adquirir um terreno no lugar do Moninho – junto à Junta de Freguesia – para fins sociais, foi a precursora da criação do Centro Social de Santa Cruz do Douro. Chegou a construir a primeira fase desta complexo social, o pré-escolar com salas de apoio para o funcionamento dos serviços da cozinha e refeitório.
Hoje esse equipamento é do Centro Social uma vez que foi transferido para aquela Instituição que se ocupa de questões sociais.
Na área da formação profissional foi intensa a actividade desenvolvida nomeadamente, no âmbito das Escolas-Oficinas em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Áreas como a tecelagem, o vestuário regional, rendas e bordados têm sido objecto de particular atenção da Associação, uma vez que se prendem com motivações locais, já que eram artes que, no século passado, tiveram uma grande expressão.
O combate ao analfabetismo e o exercício de boas práticas levou já esta instituição a receber o prémio de 5 000€ atribuído pela ANEFA (Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos) e terminou com total êxito a formação de 45 formandas que conseguiram obter o certificado de habilitações literárias – 4º ano e 6º ano – garantindo desta forma a escolaridade obrigatória.
A participação em provas desportivas federadas, desde 1984, quer a nível do futebol – no momento a Associação continua com a formação na área dos juniores – e mantém a dinamização do Gira-volei aonde obteve já dois títulos de Campeã Nacional e Campeã Regional, a par de outras iniciativas no âmbito do projecto “Desporto para Todos – A vida não é uma droga” e do lazer com passeios turísticos e visitas de estudo organizadas para jovens.
Em 2006 a ACR de Santa Cruz do Douro foi distinguida com o 1º Prémio na modalidade”Iniciativas locais de Desenvolvimento Rural” integrada no XXVII Concurso Internacional do Dia do Agricultor, com o Museu Rural e Etnográfico “A Casa do Lavrador”.
A Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro tem vindo a alargar o seu leque de parcerias com quem estabelece acções, acordos e actividades conjuntas, desde logo:
– a Fundação Eça de Queiroz
– a Junta de Freguesia de Santa Cruz do Douro
– a Junta de Freguesia de S. Tomé de Covelas
– o Instituto e Emprego e Formação Profissional
– a Escola EB 2,3 de Ancede
– a Escola EB/S de Baião
– o Centro Social de Santa Cruz do Douro
– a Federação do Folclore Português
– a Associação de Futebol do Porto
– a Federação Portuguesa de Voleibol
– o Instituto Português da Juventude
– a Câmara Municipal de Lousada
– o INATEL
– o CEARTE
– o Instituto Nacional do Desporto
– a DOLMEN – Cooperativa de Formação, Educação e Desenvolvimento do Baixo Tâmega
– a Cooperativa Cultural de Baião Fonte do Mel, CRL.
A Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro comemorou as suas Bodas de Prata em 2003. Foi uma instituição RNAJ e conta com 120 associados, numero este que tem vindo a diminuir em função da desertificação deste espaço geográfico.
A ACR de Santa Cruz do Douro adquiriu estatuto de interesse publico municipal em 2008, bem como foi distinguida com a medalha de mérito cultural – grau prata – pela Câmara Municipal de Baião.

Os contatos são os seguintes:
Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro
Estrada Nª Sª do Martírio, 667
4640-414 UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SANTA CRUZ DO DOURO E COVELAS
Telefone: 254885143 E-mail: geral@acrsantacruzdouro.org

Deixar uma resposta